“As principais forças partidárias autárquicas não podem continuar a encolher os ombros e a facilitar a intenção do Governo demolir centenas de casas na Ilha de Faro, Hangares e Farol, porque a quase totalidade não está em risco e porque vão gastar-se cerca de 20 milhões de euros, numa autarquia com as graves dificuldades financeiras conhecidas. O dinheiro tem de ser canalizado para outros fins. A conduta tem de ser de frontal resistência às demolições, pugnando pela requalificação e com definição do quadro de normalização para utilização dos espaços”, adverte em nota de imprensa a Aliança Cívica “Salvar Faro, com Coração” (SFC).
“No caso da Ilha de Faro, as razões da defesa dos pescadores e suas famílias é total, pois moravam na zona central e quando há quase 60 anos (1956) a maior parte da Ilha foi desafetada do Domínio Público Marítimo para o Município foram empurrados pelo poder público para os extremos, que não ficaram desafetados e onde agora estão. Portanto, não há nada clandestino da parte dos pescadores e suas famílias, estão para onde os mandaram e foi com sacrifício que aí edificaram as suas casas térreas. Não estando em risco, a nenhuma entidade pode ser permitido destruir as casas e expulsá-los, desde logo por um mínimo de respeito humano.
O que está a suceder, por um lado, é um propósito antigo dos governos e, por outro, confirma que no concreto isso sempre foi consentido pela coligação PSD /CDS e pelo PS na autarquia, como o Grupo de Cidadãos Salvar Faro denunciou na campanha eleitoral e tentaram desmentir, dando até a entender que estava tudo resolvido. Porém, ao mesmo tempo já tinham votado na autarquia as condições para expulsar os pescadores da Ilha de Faro, estando agora infelizmente tudo claro, para além do jogo das palavras”, conclui a Aliança Cívica “Salvar Faro, com Coração”. |