Fórum Algarve/Andaluzia (NERA-Loulé): 2 anos de Portagens na A22- uma PPP ruinosa para o Algarve!

Ora… cá estamos tentando ver se conseguimos encontrar um certo consenso, neste assunto que me parece ser de bastante relevancia a todos nós Algarvios e… não só, dada à situação à que o nosso Algarve está chegando, à nível de mobilidade e de comunicações terrestres, pois à raíz da Imposição das injustas portagens (faz mais de 2 anos!) na Via do Infante – autêntica “Espinha Dorsal” do Algarve, a EN 125, cada dia que vai passando, mais se parece com uma verdadeira Rua Urbana, bem rudimentar, primitiva e ademais… extremamente perigosa!

 A EN 125, voltou infelizmente à ganhar  a “popularidade” de “Estrada da Morte”, que tinha perdido faz mais de 20 anos com a implementação da nova Via – a Via do Infante, cuja razão de existência foi precisamente para reduzir a sinistralidade naquela altura na EN 125 e reduzir a brutal congestão de viaturas, onde, uma simples viagem do Aeroporto de Faro à Portimão poderia demorar mais de 2 horas na época do Verão.  Com o brutal aumento do trânsito, tanto de pesados como de ligeiros, a EN125, está presentemente arrebentando pelas costuras, passando de situação de “Bandeira Amarela” para “Vermelha”, ou seja… ao nível de Alerta Máximo, pois o transito que circulava livremente na A22,  viu-se obrigado à “desviar-se”, para a EN125, para “fugir” do dito pagamento das Portagens, provocando  um desgaste enorme no pavimento da mesma, que se encontra presentemente em elevado estado de degradação, assim como a sinaletica horizontal e vertical!

Esta situação aliada ao facto de todas as Obras de Requalificação estarem paradas, e algumas potenciais variantes terem sido eliminadas, para além do agravamento da crise, faz com que o Algarve se encontre à beira do desastre social e económico – dezenas de milhares de desempregados, centenas de falências de empresas, a fome e a miséria alastra como bola de neve, os acidentes de viação na EN 125 sucedem-se diariamente, vários com feridos e vítimas mortais ao longo destes dois anos.

Por outro lado, torna-se necessário que o contrato de concessão da PPP da Via do Infante seja tornado público, pois mesmo com a cobrança de portagens o erário público está a ter um prejuízo de muitas dezenas de milhões de euros transferidos diretamente para os bolsos da concessionária. Trata-se de uma PPP ruinosa e que deve ser anulada quanto antes pelo governo invocando interesse público.
Para debater todas estas matérias de elevado interesse para o Algarve, a Comissão de Utentes da Via do Infante com o apoio e colaboração da Câmara Municipal de Loulé e do Moto – Clube de Faro, vai promover um “Fórum Algarve/Andaluzia: 2 anos de portagens – uma PPP ruinosa para o Algarve”, no próximo dia 22 de Março, a partir das 15.00 h, em Loulé, na Sala de Conferências do Núcleo Empresarial do Algarve (NERA). Trata-se do II Fórum a debater as portagens e as suas consequências na região. A Mesa do Fórum será constituída pelos seguintes oradores: Vítor Aleixo, Presidente da Câmara Municipal de Loulé; João Vasconcelos, membro da CUVI e Vereador na Câmara Municipal de Portimão; Jorge Botelho, Presidente da AMAL; Desidério Silva, Presidente da Região de Turismo do Algarve; António Ponce, Presidente da Federação Onubense de Empresários de Huelva (FOE) e Paulo de Morais, Vice-Presidente da Associação Transparência e Integridade. 

A Mesa de Convidados do Forum, é composta pelos seguintes convidados:

Vitor Neto – NERA, Adriano Pimpão – UALg, Francisco Amaral – C.M.C.Marim, José Vitorino – Aliança Salvar Faro, Antonio Castillo – C.M.Ayamonte (pendente confirmação), Jean François Escriba – Karting Almancil e Armando Santana – ARA (Assoc. Rent-a-Car Algarve).

Espera-se a presença de muitas outras entidades do Algarve e da Andaluzia, incluindo Presidentes de Câmara. 

O tempo agora é de debate com a finalidade de constituir uma ampla plataforma da sociedade civil do Algarve que conduza à suspensão das portagens na Via do Infante.

Acredito o momento é propício para fazermos uma verdadeira análise (Raio X), da situação e  das consequências desastrosas dos efeitos das Portagens da Via do Infante na economia e na sociedade Algarvia.

Michael Ferrada

CUVI