FALECEU ANTÓNIO RAMOS ROSA – CULTURA PORTUGUESA ESTÁ DE LUTO
Vítima de doença prolongada, faleceu hoje (aos 88 anos) o poeta farense António Ramos Rosa. De reconhecidos méritos a nível da poesia mundial, a morte de Ramos Rosa deixa o universo cultural português de luto. António Victor Ramos Rosa (Faro, 17 de Outubro de 1924), é um poeta português , ainda reconhecido como desenhador.
Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde . Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema “Os dias, sem matéria”. No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição por ordem da polícia política. Fez parte do MUD Juvenil1 . O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro.
António Ramos Rosa
António Victor Ramos Rosa (Faro, 17 de Outubro de 1924), é um poeta português1 , ainda reconhecido como desenhador.
Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde1 . Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema “Os dias, sem matéria”. No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição por ordem da polícia política.
Fez parte do MUD Juvenil1 .
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro2 .
Índice
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Prémios[editar]
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- Prémio Fernando Pessoa, da Editora Ática (Segundo Lugar ex-aequo), 1958 (Viagem através duma nebulosa)2
- Prémio Nacional de Poesia, da Secretaria de Estado de Informação e Turismo (recusado pelo autor), 1971 (Nos seus olhos de silêncio)
- Prémio Literário da Casa da Imprensa (Prémio Literário), 1971 (A pedra nua)2
- Prémio da Fundação de Hautevilliers para o Diálogo de Culturas (Prémio de Tradução), 1976 (Algumas das Palavras: antologia de poesia de Paul Éluard)
- Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia, 1980 (O incêndio dos aspectos)2
- Prémio Nicola de Poesia, 1986 (Volante verde)
- Prémio Jacinto do Prado Coelho, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1987 (Incisões oblíquas)2
- Prémio Pessoa, 19882
- Grande Prémio de Poesia APE/CTT, 19892 (Acordes)
- Prémio da Bienal de Poesia de Liége, 19912
- Prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia traduzido em França, 19922
- Prémio Municipal Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa (Prémio de Poesia), 1992 (As armas imprecisas)
- Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (Prémio de Poesia), São João da Madeira, 2005 (O poeta na rua. Antologia portátil)
Obra[editar]
- 1958 – O Grito Claro
- 1960 – Viagem Através duma Nebulosa
- 1961 – Voz Inicial
- 1961 – Sobre o Rosto da Terra
- 1963 – Ocupação do Espaço
- 1964 – Terrear
- 1966 – Estou Vivo e Escrevo Sol
- 1969 – A Construção do Corpo
- 1970 – Nos Seus Olhos de Silêncio
- 1972 – A Pedra Nua
- 1974 – Não Posso Adiar o Coração (vol.I, da Obra Poética)
- 1975 – Animal Olhar (vol.II, da Obra Poética)
- 1975 – Respirar a Sombra (vol.III, da Obra Poética)
- 1975 – Ciclo do Cavalo
- 1977 – Boca Incompleta
- 1977 – A Imagem
- 1978 – As Marcas no Deserto
- 1978 – A Nuvem Sobre a Página
- 1979 – Figurações
- 1979 – Círculo Aberto
- 1980 – O Incêndio dos Aspectos
- 1980 – Declives
- 1980 – Le Domaine Enchanté
- 1980 – Figura: Fragmentos
- 1980 – As Marcas do Deserto
- 1981 – O Centro na Distância
- 1982 – O Incerto Exacto
- 1983 – Quando o Inexorável
- 1983 – Gravitações
- 1984 – Dinâmica Subtil
- 1985 – Ficção
- 1985 – Mediadoras
- 1986 – Volante Verde
- 1986 – Vinte Poemas para Albano Martins
- 1986 – Clareiras
- 1987 – No Calcanhar do Vento
- 1988 – O Livro da Ignorância
- 1988 – O Deus Nu(lo)
- 1989 – Três Lições Materiais
- 1989 – Acordes
- 1989 – Duas Águas, Um Rio (colaboração com Casimiro de Brito)
- 1990 – O Não e o Sim
- 1990 – Facilidade do Ar
- 1990 – Estrias
- 1991 – A Rosa Esquerda
- 1991 – Oásis Branco
- 1992 – Pólen- Silêncio
- 1992 – As Armas Imprecisas
- 1992 – Clamores
- 1992 – Dezassete Poemas
- 1993 – Lâmpadas Com Alguns Insectos
- 1994 – O Teu Rosto
- 1994 – O Navio da Matéria
- 1995 – Três
- 1996 – Delta
- 1996 – Figuras Solares
Em Espanhol -La herida intacta / A intacta ferida. Ediciones Sequitur, Madrid, 2009
Revistas em que colaborou[editar]
- 1952 -1954 – Árvore3
- 1956 – Cassiopeia3
- 1958 -1960 – Cadernos do Meio-dia3
- 1964 – Poesia Experimental, Cadernos de Hoje (Ver: Poesia Experimental Portuguesa)
- Esprit
- Europa Letteraria
- Colóquio-Letras
- Ler
- O Tempo e o Modo
- Raiz & Utopia
- Seara Nova
- Silex
- Revista Vértice
Jornais em que colaborou[editar]
- A Capital
- Artes & Letras
- Comércio do Porto
- Diário de Lisboa
- Diário de Notícias
- Diário Popular
- O Tempo
Ver também[editar]
Referências
- ↑ Jump up to:a b c António Victor Ramos Rosa (em português). Página visitada em 5 de outubro de 2010.
- ↑ Jump up to:a b c d e f g h i Câmara Municipal de Faro (em português). Página visitada em 5 de outubro de 2010.
- ↑ Jump up to:a b c António Ramos Rosa (Revistas) (em português). Página visitada em 5 de outubro de 2010.