“Castro Marim tem passivo superior a 15 milhões e precisa de um desenvolvimento económico e social sustentável” – Carlos Nóbrega

Alta Mora serviu de palco para o candidato à Câmara Municipal de Castro Marim, Carlos Nóbrega, apresentar as equipas à Câmara, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia de Odeleite. Este sábado, na presença de mais de cem pessoas, os candidatos apresentaram as suas propostas para o Concelho e para a Freguesia de Odeleite, sendo aplaudidos de pé. Durante o seu discurso, o candidato Carlos Nóbrega não poupou críticas ao actual executivo camarário, por pouco ter feito ao longo destes 16 anos para melhorar e desenvolver o concelho de Castro Marim. Os presentes foram informados que o actual passivo autárquico é de mais de 15 milhões de euros e que a maior parte dos investimentos foram mal aplicados. O Candidato esclareceu que “o actual executivo optou por investir em obras que não eram prioritárias para o concelho, como é o caso do Moinho das Pernadas, do Parque Aventura, das Avenidas de Castro Marim, do Multiusos do Azinhal ou da Casa de Odeleite”. Enquanto obras, que no entender do Candidato eram mais urgentes, como o Bairro Social, o Lar de Altura e de Odeleite, e a requalificação do Castelo de Castro Marim e dos centros urbanos, ficaram por terminar ou mesmo por iniciar. “É urgente uma a visão empresarial na forma como é gerida a autarquia, pois os investimentos têm de ter retorno, não é com os edifícios fechados ou que abrem uma ou duas vezes por ano que se paga o investimento feito”, refere Carlos Nóbrega, que acrescenta: “Castro Marim precisa de um desenvolvimento económico e social sustentável, pois só assim será possível ajudar de forma mais eficaz e plena os que mais necessitam”.

Carlos Nóbrega menciona a necessidade de dar “mais apoio e competências às Juntas de Freguesia, porque são elas que estão mais próximas das populações”, e continuou: “A autarquia tem o dever de dar os recursos necessários às Juntas de Freguesia para que possam prestar apoio no transporte de doentes aos hospitais e na restauração de habitações degradadas dos mais carenciados, assim como deve existir em todas as sedes de freguesia uma Loja Social de forma a garantir que as necessidades básicas mais prementes de todos os munícipes mais carenciados são colmatadas”.

“ Já percorri, por várias vezes, todo o concelho de Castro Marim, conheço todas as aldeias, montes e lugares, sei bem quais são os problemas do concelho e da Freguesia de Odeleite”, diz o candidato, que em seguida destaca as potencialidades da Freguesia de Odeleite em áreas como o turismo rural e alojamento local, a agricultura, a floresta ou a cinegética. “É preciso tirar maior aproveitamento da barragem, tanto para a rega de culturas agrícolas, como para atividades turísticas. É necessário rentabilizar os espaços municipais existentes e é fundamental ajudar os empresários que se querem fixar no concelho no que se refere à burocracia ou a candidaturas a apoios comunitários”. O candidato do PS acrescenta ainda a “necessidade de ajudar os pequenos agricultores a escoar os seus produtos e a urgência em construir o Lar e em fazer chegar a água e os esgotos a todas as casas do concelho”.

Carlos Nóbrega não poupou nos elogios à candidata à Assembleia de Freguesia e frisou: “Com a Sílvia Batista esta Junta vai funcionar ao serviço de todos os fregueses de Odeleite, porque esta candidata é uma mulher de trabalho, que está presente e é da aldeia”.

Por seu turno, a candidata à Assembleia de Freguesia de Odeleite, Sílvia Batista, enquanto residente no concelho há 22 anos, referiu que “é necessário fazer mais e melhor pela freguesia de Odeleite. Já não chega prometer, é tempo de fazer, é tempo de lutarmos pela nossa terra, é tempo de mudança”. E acrescenta em tom de lamento: “É com tristeza que tenho visto a minha freguesia abandonada e desprezada pelo actual executivo da Câmara e da Junta, cada vez há mais jovens a abandonar a terra por falta de oportunidades de emprego ou de apoio, as ruas estão uma autêntica vergonha, o saneamento e a água canalizada ainda não chegou à maioria das povoações da nossa freguesia, e a construção do Lar há tanto prometida não saiu do papel”. Assim, para fazer frente a todo este estado de coisas, a candidata garantiu: “Não posso fazer grandes promessas, mas uma coisa vos garanto, caso seja eleita por vós no dia 29 de Setembro tudo farei para melhorar a nossa terra, a nossa freguesia e principalmente para ajudar a nossa gente”, concluiu.